terça-feira, junho 27, 2006

Biodiesel

Eu tenho lido em forums e merdas do genero...
A estoria (com e) é esta: Quando os carros "a gasoleo" foram criados eram de facto para usar o oleo normal de fritar, mas com o boom no inicio do sec. passado das industrias petroliferas, o gasoleo tornou-se tão barato que esses motores foram convertidos para começar a mamar gasoleo.
Neste momento algumas pessoas estão a fazer o contrario, estão a altera-los para começar a mamar oleo de fritar, e o fixe é que pode ser oleo virgem ou que já tenha fritado, há pessoas a irem aos restaurantes buscar o oleo que eles lá têm, é necessario no entanto filtra-lo.
Pelo que tenho lido qualquer carro mesmo sem alterações pode levar uma certa percentagem... 30% misturado com o gasoleo, mas para percentagens maiores é preciso fazer umas certas alterações porque parece que o oleo tem de ser aquecido a 70º antes de entrar no motor.
Há quem use uma resistencia electrica para aquecer o oleo para o carro pegar e quando tiver quente é o liquido de refrigeração que mantem a temperatura do oleo.
Outros arrancam a gasoleo e assim não precisam de resistencia, alterando para oleo quando o liquido de refrigeração conseguir manter o oleo a 70º. Se fores ao google e pesquisares é muito facil encontrares qualquer coisa, se quiseres vai a estes links que os consegui rapidamente.

http://forums.biodieselnow.com/topic.asp?TOPIC_ID=6077&whichpage=3
http://forums.biodieselnow.com/post.asp?method=ReplyQuote&REPLY_ID=61289&TOPIC_ID=6077&FORUM_ID=10
http://forum.autohoje.com/post.asp?method=ReplyQuote&REPLY_ID=2061622&TOPIC_ID=77170&FORUM_ID=1

Este texto foi-me enviado pelo Pereira.
Pereira, eu sei que não era este o teu objectivo mas estava demasiado bom para enviar para o lixo. Conto contigo.

sábado, junho 24, 2006

Vamos construir um colector

Já todos sentiram a água quente que sai de uma mangueira deixada ao sol durante uma tarde de calor, não é? OK então vamos começar por aqui mesmo.
O sol aquece a parte exterior da mangueira de plástico e o calor tem de atravessar a parede da mangueira. Se a água passar muito lentamente consegue ter tempo de no fim, estar á temperatura ideal para um banho quente.
Como o plástico é um mau condutor de calor vamos substitui-lo por outro material. Um metal, já que os metais são bons condutores de calor. Vamos então considerar que o tubo é de cobre e tem uma parede mais fina do que a mangueira de plástico. Bem agora que o calor chega mais facilmente até à água, o calor ainda tem que chegar até à água que está no centro do tubo.
Então vamos fazer com que o tubo seja da grossura (diâmetro exterior) de um dedo mindinho.
Como a cor preta absorve melhor a radiação do sol, vamos pintar o tubo de preto.
Bem agora a á gua já sai mais quentinha.
Mas nos dias de vento o calor é levado pelo vento e então, como vamos resolver isto?
E porque não colocar esta tubagem dentro de uma caixa de alunínio, com vidro do lado de cima e uma isolante forte (5cm de espessura) do lado contrário (lado voltado para o telhado). Deste modo o vento já não leva tão facilmente o calor absorvido do sol e ainda beneficia do efeito de estufa.
A pintura a preto pode ser substituida por um revestimento que absorva melhor o calor do sol.
Bem agora a água já pode passar mais rapidamente que no fim ainda é muito quente.
Os colectores actuais, são como o descrito.

terça-feira, junho 20, 2006

Energia Solar Térmica

A energia solar pode ser convertida directamente em energia eléctrica através de paineis fotovoltaicos ou pode ser usada para aquecer água. O rendimento dos paineis fotovoltaicos é de 12% enquanto o rendimento dos paineis solares térmicos é de 50%. Assim se cada painel tiver 1m2, estiver na horizontal ao sol do meio dia (1000W/m2), o painel fotovoltaico alimenta uma resistência de 120W o solar térmico é o equivalente a uma resistência de 500W.

Para uma casa de 4 pessoas as necessidades de água quente são de 200 a 250 litros por dia para banhos e cozinha. A área de paineis solares (mais conhecidos por colectores) necessária é de 4m2. No mercado cada colector tem aproximadamente 2m2. Esta instalação custa entre 3000€ e 4500€ dependendo do fabricante.
O custo evitado anual em combustível é de aprox. 220€ considerando a energia gaz natural. Um sistema de colectores solares pode durar 20 anos. Se considerarmos um gasto anual de 30€ e uma reparação/manutenção grande no ano 10 no valor de 300€, o retorno do investimento acontece entre o 11º e o 13º ano.
Este é o resultado que eu encontro embora existam sites em que o retorno é muito antes.
Incentivos fiscais.
São dedutíveis à colecta do IRS 30% das importâncias despendidas com a aquisição de equipamentos solares novos, com o limite máximo de 700 euros. Esta dedução não é acumulável com as deduções relativas a encargos com imóveis.
Ora bem, alguém conhece quem esteja a comprar casa sem fazer um crédito?

Antes de mais

Olhando para os links ao lado, falar sobre energia renovável não é falar em Português!!!
Os sites portugueses são vagos com pouco interesse e sem informação técnica relevante com excepção do Água Quente Solar que tem o Manual de Certificação do Técnico Instalador de Sistemas Solares Térmicos disponível para descarregar.
Por outro lado o programa Solterm 4.5 de cálculo de sistemas solares custa 400€ enquanto um programa semelhante, o SimSol 2.0 mas mais avançado pode ser descarregado gratuitamente no site http://software.CSTB.fr
É pena é este programa só tem os dados climáticos de França logo não pode ser usado para Portugal.
É pena ...

terça-feira, junho 13, 2006

Multinacionais e desenvolvimento

A alguns (muitos) anos atrás julgava-se que o segredo para o desenvolvimento da economia nacional podia ser resolvido com investimento do Estrangeiro.
Diga-se que nessa altura se pensava que o Estrangeiro era um país rico que vinha ajudar Portugal. Afinal verificou-se que não era nem um país, nem rico, nem queria ajudar, pelo menos não, Portugal.
Mas adiante, então o estrangeiro investiu em Portugal.
Vou apenas referir-me ás empresas do sector automóvel que conheço melhor.
Montaram-se fábricas e mais fábricas o desemprego baixou o consumo aumentou e tudo parecia ir de vento em popa. Estávamos na Europa.
Depois apareceu o Leste e a mão de obra aí ainda era mais baixa do que a nossa, então começou o êxodo das empresas para o Leste.
Uma diferença que encontro nas empresas que se implantaram em Portugal e Espanha é que cá as empresas pouco mais faziam do que produzir as peças ou os equipamentos que tinham sido definidos pela casa mãe (Ford, Opel, VW, Seat, Renault...).
Gostaria de separar as funções de uma empresa em 3 áreas: a produção propriamente dita do produto, a definição do processo produtivo e o desenvolvimento do produto.
Na maioria dos casos o processo produtivo já chegava definido, a sequência de operações, as máquinas, etc, apenas era necessário mão de obra.
Noutros casos, poucos, ficou a responsabilidade de definir o processo produtivo a cargo da filial em Portugal.
Agora, raro foram e ainda são, os casos em que o desenvolvimento, ou parte dele, também está localizado em Portugal. E é neste ponto que gostava de chamar a atenção para as diferenças entre Portugal e Espanha.
As multinacionais em Espanha conseguiram que a casa mãe abdicasse de parte do desenvolvimento e o passasse para a filial em Espanha.
A importância do desenvolvimento é muito grande porque se deslocalizar uma fabrica de produção apenas é relativamente fácil, deslocalizar o desenvolvimento implica perder know-how que está ligado ao conhecimento pessoal do produto dos técnicos envolvidos e é de difícil transmissão.
Portanto fechar a Renault de Setúbal foi fácil. Este exemplo serve apenas para representar todas as fabricas apenas de produção que foram e vão ser deslocalizadas nos próximos tempos.
Deslocalizar a Autoeuropa também me parece fácil.
Ainda este fenómeno de fixar fabricas não foi completamente compreendido e já parece-me que entramos noutro ciclo de oportunidades perdidas desta vez com as energias renováveis.
Consultem todos os site e artigos sobre energias renováveis e fica claro que não só ganha o país com a independência energética mas também e com o mesmo nível de importância, está o factor criador de emprego na manutenção, montagem, fabrico e desenvolvimento destes equipamentos, sejam turbinas eólicas, painéis solares, fotovoltaicos, células de hidrogénio, biogas, etc.
Mas no caso das energias renováveis demos um salto atrás, já nem fabricamos, limitamo-nos a comprar aos outros...
Ajudamos a desenvolver a industria e a economia dos outros países...
Só para que conste, aqui ao lado, a Espanha fabrica, instala e desenvolve os seus próprios equipamentos, têm cursos, mestrados, criam kow-how...
Deixo a quem lê a tarefa de procurar em Portugal o que há sobre este tema, associações não contam, apenas empresas que produzam ou desenvolvam ou estudem ou ...

Teste

Isto é um teste.
O Blog segue dentro de dias.